Representações sociais sobre o processo de escritura acadêmica: o caso da tese numa licenciatura em história
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Resumo
O estudo do processo de escrita, especialmente na academia, se transformou nas últimas décadas, num tema recorrente da pesquisa. Neste sentido, o interesse centrou-se nas concepções que os professores têm sobre o processo de escrever uma tese de licenciatura. O objetivo principal deste estudo é dar conta das representações sociais manifestadas por um grupo de acadêmicos de um programa de Licenciatura em História de uma Universidade do Conselho de Reitores do Chile. Para cumprir este propósito, foi utilizada a metodologia da teoria empiricamente fundamentada (TEF), que permite, a partir de uma amostragem teórica, aprofundar os dados coletados através de entrevistas com os sujeitos em questão. Os dados, uma vez submetidos a todos os níveis de codificação, são sintetizados numa teoria emergente, cujos eixos são, em primeiro lugar, o diálogo entre os atores do processo de escritura da tese (professores orientadores/aluno tesista) e, por outro, a recursividade na gestação deste gênero em todas as fases do seu desenvolvimento, que se traduzem na revisão e no acompanhamento do processo. Finalmente, neste contexto, o gênero tese está localizado no final da formação inicial e faz parte do itinerário que leva o estudante aos estudos de pós-graduação, esperando-se que seja inserido com maior propriedade na comunidade de discurso especializado.